quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E a saudade

              Andei pensando na saudade. Na verdade, a saudade andou me fazendo pensar. Pensei no quanto a vida é breve e no quanto ela é feita de instantes. Instantes eternos; e efêmeros também. Andei pensando na saudade e constatei que nem sempre é saudade isso o que sinto. Porque o que sinto é desconsolo por não viver o que gostaria. Ou será que isso é saudade é também? - Saudade do que não se viveu. - De fato andei pensando na saudade porque ela se abateu sobre mim. Fez-me lembrar das coisas belas que vivi e também das coisas não vividas (ainda mais belas). Mais belas porque não deixaram o espaço do sonho, e enquanto for sonho serão perfeitas. Sim, porque os sonhos são o vislumbre da felicidade possível, ainda que inacreditável. Vai ver foi por isso que a saudade me fez pensar: porque ainda não vivi tudo o que há para ser vivido. Enquanto isso, vou vivendo os instantes possíveis e dando sentido ao riso que trago no rosto. Sempre em direção ao horizonte. Sempre em direção ao sonho possível. Até não mais sentir saudade...

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