sexta-feira, 8 de abril de 2011

Luto pelas crianças do Realengo

     Eram a esperança de um futuro justo. Eram sonhos de uma nação de nobres seres. Mas apenas eram, porque agora já não são. Um manto de tristeza e desconsolo recaiu sobre nós. O destino amargou-se nas mãos de um tirano perverso. Quantos sonhos interrompidos. Quantas vozes silenciadas. Quantos risos desfeitos. Tudo agora é dor, é pranto, é luto...
    Nossas crianças do Realengo foram brutalmente atingidas pela flecha envenenada do mal. Pais e mães não podem mais desfrutar o amor de seus filhos. Os que sobreviveram, carregarão para sempre a marca do pânico. O desespero de sentir uma dor que não cessará tão fácil.
    Ao ver as cenas do massacre em Realengo, meu coração se apertou e cheguei a pedir (em segredo) que aquilo não fosse verdade; mas era! As notícias dizem que foram 12 os mortos. Porém os números são maiores. Cada criança daquelas, ao morrer, levou consigo um pouco de quem as amava. São famílias esfaceladas pelas garras da violência desenfreada e cínica. Vidas destruídas. Vidas que já não vivem. Lágrimas quentes rolam em minha face diante dos fatos. Fatos chocantes, no entanto, reais. Que Deus proteja e conforte as famílias. Que as crianças sobreviventes encontrem alento nos braços de que os amam. E que as lágrimas de nossa nação reguem o solo da esperança. Esperança essa por uma humanidade de fato "humana".

Um forte abraço a todos e que Deus nos ajude.