sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Menino de minh'alma

Meu "eu menino" anda meio desanimado. Justo ele, que sempre me incentivou a crer no sentimento, agora questiona se vale a pena acreditar mais um pouco. Pobre menino. Agora ele chora, lamenta. Todavia, não desiste da vida nem dos homens. Porque sabe que enquanto houver um fôlego de si em minha alma, haverá também um riso nos meus lábios. O homem que habita meu ser deve sua força e esperança a esse nobre menino, que jamais me negou seu espírito quando precisei de um pouco de infância. Não me deixe, caro menino de minh'alma. Já não serei o mesmo sem tua força. Não mais o meu riso terá brilho, se não tiver também ternura de tua vida em mim.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E a saudade

              Andei pensando na saudade. Na verdade, a saudade andou me fazendo pensar. Pensei no quanto a vida é breve e no quanto ela é feita de instantes. Instantes eternos; e efêmeros também. Andei pensando na saudade e constatei que nem sempre é saudade isso o que sinto. Porque o que sinto é desconsolo por não viver o que gostaria. Ou será que isso é saudade é também? - Saudade do que não se viveu. - De fato andei pensando na saudade porque ela se abateu sobre mim. Fez-me lembrar das coisas belas que vivi e também das coisas não vividas (ainda mais belas). Mais belas porque não deixaram o espaço do sonho, e enquanto for sonho serão perfeitas. Sim, porque os sonhos são o vislumbre da felicidade possível, ainda que inacreditável. Vai ver foi por isso que a saudade me fez pensar: porque ainda não vivi tudo o que há para ser vivido. Enquanto isso, vou vivendo os instantes possíveis e dando sentido ao riso que trago no rosto. Sempre em direção ao horizonte. Sempre em direção ao sonho possível. Até não mais sentir saudade...