segunda-feira, 5 de março de 2012

A Bendita Palavra Bem Dita


 A palavra é uma fonte de poder inesgotável. Tem mais poder de influência, quem melhor a utiliza. Adotada pela humanidade desde os seus primórdios, a fim de suprir a necessidade de comunicar, sempre foi percebida como ferramenta fundamental para o propósito de convencimento da audiência a quem se destinasse, desde que escolhida com cautela e devidamente posicionada no texto. Seja este informativo, de cunho jornalístico, ou aquele que tem a intenção de convencer alguém sobre uma ideia, ou conceito; é o caso do texto persuasivo, o texto publicitário.
      O grande desafio de quem lida com a palavra como ferramenta de seu trabalho é alcançar o resultado esperado para a sua empreitada textual. De que forma pode, o escritor, alcançar o âmago das pessoas para quem escreve e, assim, obter o retorno desejado? Tal dúvida é o algoz de todo aquele que se dispõe a falar a um público composto por pessoas distintas em sua maneira de pensar e agir. Embora tais indivíduos possuam alguma semelhança específica para o fim galgado durante a produção do texto, existe uma série de fatores sociais e psicológicos que podem interferir na forma como estes o recebem e o disseminam. Portanto, é condição impreterível que a pessoa “por trás” das palavras conheça bem as singularidades de sua audiência.
        Escrever a palavra bem dita é escrever aquilo que o leitor gostará de encontrar no que lê: a verdade. É causar neste receptor o prazer de se deparar com algo que pertença à sua realidade individual. Nem sempre isso significa dizer o que o outro quer ouvir, mas dizer algo que outro se sinta bem em ouvir, mesmo que não seja o que ele queira. A palavra bem dita é aquela que tem a capacidade de despertar a atenção no público. Aquela palavra que tem “vida própria”, que provoca murmúrios e respeito, pela segura veracidade que emana. Escrever a palavra bem dita, portanto, é escrever com verdade e delicadeza. É escrever como se olhasse nos olhos de quem lê. Essa escrita deve ser coesa, coerente e clara. Deve manter o foco e ter uma lógica compreensível. Melhor ainda, é quando se mantém um clima de prosa, de conversa entre escritor e leitor. Sentir-se parte do todo que lê é extremamente prazeroso ao indivíduo.
        Não é tarefa fácil escrever a tal “palavra bem dita”, mas quando se realiza essa façanha o resultado é sempre magnífico. O homem que a pronuncie (ou escreva) terá o espaço de que precisa para convencer o público a aceitar seu ponto de vista. Uma vez que a palavra bem dita será bem recebida, e sendo bem recebida tornar-se-á, por fim, bendita; a bendita palavra que encantou a massa, e que foi aceita como palavra digna.