segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ao filho que nasceu (Palavras Revisitadas)

Como és lindo, anjo meu. Ao te ver dormir assim, tão tranquilo, até esqueço de onde estou e de tudo aquilo que me aflige. Dormes quieto e tens sono pesado; diferente de mim, que já não durmo. Não durmo por esta aflição de assim viver. Vivo em luta e sinto que morro. Morro por viver e não amar. De repente, teu grito me faz ver que estás vivo e teu choro me faz querer te acalentar. Teu riso leva-me ao ponto de chorar feliz ao ver-te contente. Vejo em ti a ternura que em mim já não via; e em mim, vejo o amor virando cura. Tu curaste minh'alma já morrendo. Morria em meu íntimo por acreditar que o amor acabara. Então, me fizeste  ver que o amor não morreu; que ele vive e se chama "filho"...


Adaptado em 01 de outubro de 2012
Texto original em 11 de junho de 2008,
em homenagem ao pequeno Ícaro, um filho do meu coração que acabara de nascer.

Palavras Revisitadas


Dia desses, enquanto organizava meus cacarecos, encontrei alguns textos escritos por mim a mais ou menos cinco anos atrás. Reli todos eles e me deparei com três ou quatro leituras interessantes – os demais eram apenas devaneios de um cara no auge dos 18 anos de idade (risos). Decidi adaptar os textos que me encantaram e torná-los públicos. Dessa iniciativa, surge o que vou chamar de Palavras Revisitadas, publicando textos antigos com o teor original, porém com algumas alterações cabíveis. Vocês poderão acompanhar a série nas próximas postagens. Faz-se importante comunicar que não haverá uma sequência periódica, mas sempre que postar um texto desses o identificarei com a expressão “Palavras Revisitadas”. Assim será possível perceber quando fiz uso das palavras de um jovem escritor de 18 anos. Boa leitura.